quarta-feira, 8 de junho de 2011

Heaven card: sem inflação e por uma causa nobre

O governo federal tem tomado medidas para desestimular o consumo. Parece que o fantasma da inflação ameaça voltar a assombrar a economia brasileira. Segundo o governo, a popularização e o uso desenfreado do cartão de crédito contribuem para a volta desse fantasma. Por conta disso, é preciso tomar medidas que desestimulem o uso do cartão de crédito. A elevação do IOF e o aumento no percentual de pagamento mínimo da fatura foram medidas para reduzir os gastos com o cartão de crédito. A princípio, parece que essas medidas iniciais têm funcionado. O governo não conta, no entanto, com a enorme criatividade econômica do brasileiro. Se o uso dos cartões de crédito pode gerar inflação, por outro lado pode ajudar ações e obras sociais cristãs. É o caso do que foi idealizado pelo Pastor Soares da Igreja Internacional da Graça de Deus. Ele criou o Heaven Card, um cartão de crédito que faz tudo o que os outros fazem, inclusive fazer doações e pagar o dízimo por meio de débito automático.

Referências Conexas

FABER, Ronald J.; O'GUINN, Thomas C. Compulsive consumption and credit abuse. Journal of Consumer Policy, v. 11, n. 1, p. 97-109, 1988.

WYMER JR., Walter W.; SAMU, Sridhar. Volunteer service as symbolic consumption: gender and occupational differences in volunteering. Journal of Marketing Management, v. 18, p. 971-989, 2002.

4 comentários:

  1. Olá, Francisco. Seu post tem um pouco a ver com o que eu escrevi. Mas vejamos... Se agora o governo está preocupado com o consumo exagerado, ele próprio (governo) se esquece que foi o próprio ex-presidente da república, não por acaso, do mesmo partido político do atual, quem INCENTIVOU ao máximo o consumo. Eu achei aquilo o absurdo dos absurdos, mas... Ele foi eleito por esta mesma população consumidora emergente.

    O Heaven Card, na minha modestíssima opinião, é, no mínimo, criativo. É verdade que o pastor Soares não foi o criador da ideia. Alguns bancos já o fizeram, assinando convênios com instituições como o Ins. Ayrton Sena etc. Pessoalmente, acho que é interessante (não o HeavenCard, mas os acordos/convênios com instituições fidedignas). Se eu usarei meu cartão de crédito para uma compra eventual, melhor que parte da minha compra contribua com uma instituição. Obviamente, isso não quer dizer que sou a favor de consumirmos a mais para "fazer caridade". Se for esse o caso, é bom o consumidor fazê-lo diretamente, sem intermediários.

    Contudo, o que eu gostaria de enfatizar aqui foi uma menção sua: "aumento no percentual de pagamento mínimo da fatura foram medidas para reduzir os gastos com o cartão de crédito". Esse aumento para mim é inócuo. Isso porque pagamento mínimo de fatura para rolar a dívida do consumidor, aproveitando-se dos juros absurdos e do Mkt existente atualmente, simplesmente NÃO DEVERIA EXISTIR. É aqui que, principalmente a classe emergente, se endivida até o pescoço tentando frear uma bola de neve que sabemos impossível de ser parada sem que o uso do cartão de crédito, do cheque especial, e dessa "agiotagem institucionalizada", que são os empréstimos consignados, sejam todos ceifados pela raiz. Enquanto existirem essas "saídas mágicas" para as dívidas, com a chancela dos governos, as bolas de neve tenderão a crescer cada vez mais. É um cículo vicioso perverso.

    Abraços,
    Eliane Bonotto

    ResponderExcluir
  2. Eliane,

    Que bom receber sua visita no blog!

    O Pastor Soares foi mesmo criativo. A ideia dela não consistiu só em associar compras e o uso do cartão com repasse de um percentual para a Igreja, mas sim no débito automático do dízimo. O sujeito autoriza o débito de um determinado valor no cartão em nome da Igreja!

    Um abraço,

    Vieira

    ResponderExcluir
  3. Francisco,

    Só agora reparei na última frase do seu post. Essa do débito automático para o dízimo é o fim da picada. Esse Pastor Soares é um grande "esperto".

    Não estou querendo defender o Palocci, não. Longe de mim. Pé de pato mangalô três vezes. Mas se forem investigar o Pastor Soares, ele deve ter dado um banho no Palocci quanto ao aumento do patrimônio. Até porque a Igreja do Pastor não paga imposto de Renda por ser uma organização sem fins lucrativos.

    Quem tem cara de pau e quer se dar bem na vida DENTRO DA LEI, abra uma igreja. O lucro é certo.

    Abraços,
    Eliane

    ResponderExcluir
  4. MOVIMENTO PELA GARANTIA TOTAL DE APARELHO DE CELULAR.
    ADQUIRI UM N8 E COM SEIS MESES DE USO. A GARANTIA NÃO COBRE OXIDAÇÃO.
    AS FABRICANTES USA O LAUDO OXIDAÇÃO PARA NÃO CUMPRIR A GARANTIA. O CONSUMIDOR TEM ÔNUS DA PROVA.
    EXPEDIENTE DO LAUDO OXIDAÇÃO É SINÔNIMO DE DESRESPEITO AO CONSUMIDOR E FALTA DE ÉTICA.

    ResponderExcluir