terça-feira, 2 de outubro de 2012

Maldito Futebol Clube


Imagine como tirar um time do fim da tabela da segunda divisão e levar esse time ao posto de campeão. Melhor ainda, suponha conduzir esse mesmo time não apenas a vencer o campeonato da segunda divisão, mas também a ser campeão da primeira divisão – posto máximo do futebol no país. Agora considere tudo isso em meio a uma boa porção de confusão e discussões sobre futebol-arte versus futebol-força, catimba e pressão sobre a arbitragem. Tudo isso está presente ao longo de 97 minutos em Maldito Futebol Clube, filme britânico de 2009, com roteiro de Peter Morgan, dirigido por Tom Hooper. Além de todos esses aspectos há, ainda, uma visada sobre um processo de tentativa de mudança e definição de hábitos e valores dentro de um grupo. O personagem central desse processo, e do filme, é Brian Clough, muito bem interpretado pelo ator Michael Sheen.
 
Brian Clough foi um personagem real, técnico do Derby Count, e durante anos contou com a excelente ajuda de Peter Taylor (Timothy Spall) como seu assistente. Eles fizeram história no Derby Count e no futebol inglês. O maior rival de Clough foi Don Revie (Colm Meaney), técnico do Leeds United, clube que posteriormente Clough chegou a dirigir, mas onde experimentou um duro revés. Essa rivalidade serve como uma espécie de pano de fundo para o filme.
 
O futebol é o esporte de maior consumo e o mais amplo item de entretenimento e lazer em nosso país. Embora o filme objeto deste post se passe na Inglaterra, ele tem um caráter universal. Vale a pena assisti-lo e observar especialmente como são construídas e articuladas algumas das dimensões desse entretenimento por trás dos bastidores. Inclusive no que se refere ao papel da imprensa, sempre crítica de tudo e de todos, mas raramente criticada.
 
Esse post compõe uma série chamada "Filme". Trata-se de sugestões de filmes.