quarta-feira, 19 de junho de 2013

Indicadores Brasileiros


 
Uma espécie de síntese de indicadores brasileiros é apresentada logo abaixo. Os dados são de abril de 2010 e foram fornecidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Certamente os dados mudaram ao longo dos últimos três anos, mas a base de 2010 ainda serve para efeitos de ilustração e comparação.
 
Os indicadores concernem à Expectativa de Vida, IDH, População, Renda Média e Taxa de Analfabetismo. A apresentação é feita por meio de uma relação dos 10 Estados da Federação que possuem os maiores valores (ou taxas) para cada indicador.
 
Expectativa de Vida (anos)
    1. DF = 75,8
    2. SC = 75,8
    3. RS = 75,5
    4. MG = 75,1
    5. SP = 74,8
    6. PR = 74,7
    7. ES = 74,3
    8. MS = 74,3
    9. GO = 73,9
    10. MT = 73,7
IDH
    1. DF = 0,874
    2. SC = 0,84
    3. SP = 0,833
    4. RJ = 0,832
    5. RS = 0,832
    6. PR = 0,82
    7. ES = 0,802
    8. MS = 0,802
    9. GO = 0,8
    10. MG = 0,8
População
    1. SP = 41.097.000
    2. MG = 20.088.000
    3. RJ = 15.801.000
    4. BA = 14.697.000
    5. RS = 10.917.000
    6. PR = 10.700.000
    7. PE = 8.820.000
    8. CE = 8.569.000
    9. PA = 7.479.000
    10. MA = 6.469.000
 Renda Média (R$)
    1. DF = 2.176,50
    2. SC = 1.334,40
    3. SP = 1.326,40
    4. RJ = 1.305,30
    5. PR = 1.187,00
    6. AC = 1.179,90
    7. RS = 1.168,20
    8. MS = 1.113,40
    9. MT = 1.104,00
    10. RO = 1.065,70
Taxa de Analfabetismo (%)
    1. AL = 24,60
    2. PI = 23,40
    3. PB = 21,60
    4. MA = 19,10
    5. CE = 18,60
    6. RN = 18,10
    7. PE = 17,60
    8. BA = 16,70
    9. SE = 16,30
    10. AC = 15,40 
 

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Amor e Outras Drogas


A indústria farmacêutica é um dos setores mais poderosos da economia mundial. Gera uma quantidade exorbitante de dinheiro todos os anos. Só no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, foram cerca R$ 50 bilhões em 2012. E tudo isso com uma taxa de crescimento de mais de 10% ao ano. É mesmo muita coisa.

De modo indireto, o filme Amor e Outras Drogas retrata um pouco desse universo. Produção estadounidense de 2010 sob direção de Edward Zwick, tem os atores Jake Gyllenhaal e Anne Hathaway representando os principais personagens, Jamie Randall e Maggie Murdock, respectivamente. Ele um representante da indústria farmacêutica, e ela uma mulher acometida precocemente por uma grave enfermidade.

Lançado no mercado brasileiro em 2011, trata-se de uma comédia romântica com 112 minutos de duração. Oscila entre cenas completamente desnecessárias, como algumas em que Jake Gyllenhaal contracena com seu irmão, Josh Randall, interpretado por Josh Gad, e cenas que despertam a curiosidade e interesse sobre mecanismos adotados pela indústria farmacêutica para estimular a prescrição e, por conseguinte, o consumo de medicamentos, como aquelas em que Gyllenhaal contracena com o seu superior, Bruce Winston e o médico Stan Knight, respectivamente interpretados por Oliver Platt e Hank Azaria. Tais cenas envolvem o laboratório Pfizer e os primeiros movimentos para a comercialização do medicamento Viagra no mercado estadounidense.
 
Esse post compõe uma série chamada “Filme”. Trata-se de sugestões de filmes.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Se você olhar, você vê um Split


Os aparelhos de ar condicionado split estão em todos os lugares. São vendidos em todos os continentes. Em todas as estações. Não há como ignorá-los na paisagem urbana. Basta olhar para ver um deles. Na frente, ao lado, em cima, em baixo. Inundam as paredes dos edifícios. Especialmente daqueles que se destinam a escritórios.
 
Obs.: a foto acima é de um dos vários edifícios da Avenida Paulista, altura do número 2300, Bela Vista, Cidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.
 
Esse post compõe uma série chamada “Nota de Viagem”. Trata-se de um conjunto de pequenas observações realizadas durante viagens.

domingo, 2 de junho de 2013

As devassas da Devassa: cervejas, mulheres e machismo

A cerveja é uma bebida milenar e que pode ser encontrada em praticamente todos os lugares do mundo. Vários são os seus tipos e diferentes são suas aparências, aromas e composições. A cerveja mais frequentemente encontrada no Brasil, tanto em supermercados, quanto em bares e restaurantes, é aquela do tipo pilsen, que é clara, de baixa fermentação e levemente amarga.
 
No imaginário brasileiro, particularmente do consumidor dessa bebida, a cerveja do tipo pilsen é conhecida pelo substantivo feminino “loura”. Tal denominação foi incorporada à linguagem cotidiana e se tornou gíria. É bastante comum no ambiente de bares e botecos ouvir alguém dizer “traz uma loura gelada”.
 
Embora praticamente todas as companhias que operam no mercado nacional ofertem a cerveja do tipo pilsen, tem sido menos raro encontrar outros tipos de cerveja. Isso não só estimula novas experiências de consumo, como também possibilita a ampliação da produção simbólica em torno da cerveja. Esse é o caso ocorrido por meio da expansão da linha de cervejas da Cervejaria Devassa.
 
A Devassa lançou no mercado cervejas do tipo lager, pale ale e dark ale, que foram denominadas como devassas loura, ruiva e negra. Além dessas cervejas, lançou um chope do tipo weiss e um outro baseado na cerveja do tipo pale ale britânica, denominando-os de devassas sarará e índia.
 
O conjunto das cervejas e chopes remete a um universo composto por vários tipos de mulheres: loura, ruiva, negra, sarará e índia. Um paraíso sobre a terra para os apreciadores de cerveja. Diferentes possibilidades ao alcance da mão.
 
Embora, com algum esforço de compreensão, a denominação possa querer soar inclusiva e sugerir diversidade, é curioso observar como se coloca abertamente a mulher em posição de objeto e se assume uma posição machista por meio da simbologia que se cria em torno desses produtos.
 
Referências Conexas
 
Costa, F. J. da, & Cavalcante, A. A. (2007). Comportamento do consumidor de cerveja: proposta de uma tipologia baseada na imagem e nas intenções em relação à marca. Revista de Negócios, 12(4), 71-85.
 
McCracken, G. (1993). The value of the brand: an anthropological perspective. In D. A. Aaker & A. L. Biel (Eds.), Brand equity & advertising: advertising’s role in building strong brands (pp. 125-142). Hillsdale: Psychology Press.
 
Ribeiro, M. M., Della Lucia, S. M., Barbosa, P. B. F., Galvão, H. L., & Minim, V. P. R. (2008). Influência da embalagem na aceitação de diferentes marcas comerciais de cerveja tipo Pilsen. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 28(2), 395-399.
 
Silva, M. R. V. da. (2010, outubro). A construção da mulher como objeto de consumo em anúncios publicitários de cerveja: uma abordagem discursiva. Anais do Encontro do Círculo de Estudos Linguísticos do Sul, Palhoça, SC, Brasil, 9.
 
Urdan, F. T., & Urdan, A. T. (2001, setembro). O impacto da marca sobre as preferências do consumidor: um experimento com cervejas. Anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 25.