terça-feira, 14 de julho de 2015

Marqueteiros para o consumo ético da Filosofia


"(...) Vai pegar lá o Kotler, tem um solzinho, né? Vai lá ... é ... prá você é o máximo que dá, velho. Num, num ... você tem o teto, num tem jeito ... num, né, é ... o vento venta, a maré mareia, o sapo sapeia e você é marqueteiro. Você ... dali prá cima você não passa. Você tá dando razão pros gregos, sabe? Nasceu pá, pá, pá coió ... num, num é da, da ,,, não pode". (Clóvis de Barros Filho)
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 atesta em seu Artigo 5o., Incisos IV e IX, que é livre a manifestação do pensamento, bem como é livre a expressão de atividade intelectual, artística, científica e de comunicação. Talvez por isso algumas pessoas acreditem ter licença para falar mal de profissionais que trabalham com marketing. E não é apenas falar mal por falar ou fazer um comentário à toa. É falar mal e falar de forma agressiva.

Em alguns momentos marketing é tratado como sinônimo de enganação e manipulação, sobretudo em períodos eleitorais. De modo simplista, confunde-se marketing com comunicação, notadamente de caráter eleitoral, e por extensão julga-se o profissional de marketing como um mentiroso contumaz. Em outros momentos, toma-se o profissional de marketing como um sujeito funcionalista, reducionista. 

Agora é a vez até mesmo de um professor de Ética e Filosofia Corporativa se referir aos profissionais de marketing como profissionais limitados. Mais do que isso, como pessoas intelectualmente pobres e que encontraram em marketing uma espécie de teto máximo até onde podem ir e entender o mundo em que vivem. É o que se assiste aos 3 minutos e 22 segundos em um vídeo de um curso ministrado pelo Prof. Dr. Clóvis de Barros Filho (USP, HSM) e que foi disponibilizado no YouTube em nome do Espaço Ética - é esse mesmo o nome: Espaço Ética; você não leu errado; não se surpreenda! 

36 comentários:

  1. Se quem escreveu o texto é profissional de marketing, só reforça o que o professor está falando no vídeo. O que ele instiga é que, no caso do vídeo, o aluno de marketing não pode ficar limitado apenas a saber o que diz no livro do Kotler. Ele precisa ter conhecimentos mais profundos, seja da psicologia, economia, sociologia, filosofia, para que possa ter uma visão mais abrangente do mercado, do comportamento das pessoas, da sociedade e ser um profissional melhor.

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    1. Prezado(a) Anônimo(a),

      Seja bem-vindo(a). Obrigado por visitar o blog. Se pudesse não ser de forma anônima seria melhor ainda.

      Não vou me ater a sua sugestão de que o post no blog reforça o que o professor fala no vídeo dele. Sobre o seu comentário, especificamente, despertou a minha atenção o tipo de interpretação que você deu para as palavras do professor e a sua boa vontade em entender que o professor sugeriu que profissionais de marketing precisam ter conhecimentos mais profundos.

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    2. Postei como anônimo pois não tinha perfil pra postar. Meu nome é Israel Fernandes, e não estou tentando me esconder postando como anônimo. Primeiro que ele não fala do profissional de marketing, ele está falando pros seus alunos, futuros profissionais. Se o senhor olhar todo o vídeo e não só apenas a parte que destacou, irá perceber que o que ele quer dizer em linhas gerais é: não pense que você será um bom "marqueteiro" se só souber o que está no Kotler. O quê, o senhor há de convir, é verdade.

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    3. Concordo com você, Israel, precisamos de outras formas de conhecimento, de cognição, de percepção, de diálogo, de reflexão e de autoconhecimento, mas acho que a compreensão pretendida devia ser a da vida, e não a do mercado. É disso que Clóvis tanto fala.
      Na minha opinião, Kotler é assim: primeiro a gente entra correndo, depois a gente sai fugindo, rs. Deixemos a vida ensinar o que nenhuma "disciplina disciplinada" ensina sozinha.
      De qualquer forma, acolhamos o processo de aprendizagem, de desenvolvimento humano e de libertação de todos, porque não escolhemos as estruturas sociais e culturais em que fomos inseridos quando nascemos, que nos tornaram mais opressores ou mais oprimidos ao moldar em nós os símbolos de poder e dominação sobre o outro absurdamente livre.

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    4. Realmente, será que essas pessoas não têm vergonha de fazer um post reforçando/delimitando que há um teto no seu entendimento, conforme apresentado pelo autor? Ciências Sociais aplicadas não pode ser reduzida ao pragmatismo do conhecimento técnico e conservador reproduzido nesses livros "acadêmicos" que se confundem com autoajuda....

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  2. No afã de parecer engraçadinho e tentar entreter os alunos, demonstrou o seu desconhecimento do que é Marketing. Considerando a sua erudição (basta ler o lattes), esperava mais de um pesquisador. A dinâmica de apresentação e a inteligência na disposição das palavras escondeu a sua capacidade de apresentar a realidade, tão bem descrita no blog quando comentada a rotineira confusão entre propaganda e Marketing.
    Saudações. EDSON - FURB/PPGAD.

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  3. Não sei se entendi muito bem o que o personagem do vídeo quer dizer. Entre palavrões e descargas de egocentrismo, Kotler é mencionado. A referência a Kotler me parece uma referência genérica. Talvez seja o nome que se confunda com a disciplina de marketing (historicamente, por "culpa" da USP, que traduziu o seu livro para o português...). Não me causa espanto, pois percebo que é isso (Kotler ou parte dele...) que todo mundo parece mesmo conhecer a respeito de marketing. Entendo que na USP há uma certa divisão entre FFLCH e a FEA / FIA por causa de grana. Ele está devolvendo na moeda (ou capital) que detém. Nós estamos aqui, do lado de fora, recebendo respingos. Acrescentaria que nossa academia é culpada dessa desinformação em grande medida. Em parte, porque continua tentando entender apenas os aspectos funcionais do marketing e deixa de lado o principal, que é participação dos mercados nas vidas humanas. Em outra parte, porque se viciou em atender à corporações, em busca de confirmações científicas para as decisões que já seriam tomadas de qualquer jeito.
    Irônico é perceber que, ao fim, fica a impressão que, com tantos trejeitos e maneirismos, esse personagem é um verdadeiro marqueiteiro!

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    1. Caro João Felipe,

      Obrigado pela visita ao blog e pelo comentário enriquecedor para o debate.

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  4. "É o que se assiste aos 3 minutos e 22 segundos em um vídeo de um curso ministrado pelo Prof. Dr. Clóvis de Barros Filho (USP, HSM)".
    Ver 5s de um filme e ignorar mais de 8min de argumentação. Exatamente o reducionismo e falta de profundidade que o Prof. Clovis critica. O Kotler é apenas o exemplo. Poderia ser Porter, Barney, etc.

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    1. Prezado(a) Anônimo(a),

      Seja bem-vindo(a). Obrigado por visitar o blog. Se pudesse não ser de forma anônima seria melhor ainda.

      O objeto do post é o comentário do professor acerca dos profissionais de marketing e não as outras coisas que ele fala. Portanto, creio que não há reducionismo no post. Seu comentário, por outro lado, é que me parece resultado de algo que você não compreendeu.

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    2. Sr. Francisco
      Creio que seja realmente necessário avaliar o contexto geral e não somente parte da argumentação. Ninguém lê nada do meio pro final. Existe inicio, meio e fim.
      Com todo respeito, me parece que quem não entendeu foi o Sr.

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    3. Prezado(a) Anônimo(a),
      O contexto é claro e não houve leitura "do meio pro final". Para mais uma tentativa de compreensão da sua parte: o objeto da palestra do professor pode até ter sido a leitura e a necessidade de se dedicar à mesma repetidas vezes para buscar o entendimento de uma determinada obra. Porém, o objeto do meu post no blog é o comentário do professor acerca dos profissionais de marketing. É bastante claro que ele fez chacota sobre a capacidade intelectual daqueles que estudam ou se dedicam a marketing. Ele usou de forma negativa os profissionais de marketing como meio para alcançar o fim que pretendia em sua palestra. Para dizer o mínimo, ele foi grosseiro e desrespeitoso.

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  5. O professor só citou a falta de brio das pessoas (em geral) de se desafiarem. Desafiarem o status quo. Ele citou os mercadólogos, pois possivelmente, estava falando para uma sala de estudantes de Marketing. Eu como profissional de marketing, graduada e pós graduada na área, não vi nada demais. Pelo contrário, concordo que fazer matrizes com obviedades só vai nos rebaixar cada vez mais.

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    1. Prezada Aline,
      Obrigado pela visita ao Blog. Lamento que você não tenha conseguido perceber o quanto que o referido professor denigre profissionais de marketing por meio da fala dele. Se você considera que ele estava falando para uma sala de estudantes de marketing, isso é ainda mais grave.

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    2. Exatamente, Aline. O vídeo foi recortado e talvez por isso mesmo não tenha sido entendido pelo autor do blog. E o "Lamento que você não tenha conseguido perceber", além de arrogante, só reforçou a análise rasa.

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    3. Prezado Anônimo de 11 de outubro de 2016, além de a Aline não ter entendido anteriormente, agora foi sua vez de não entender o quanto o professor denigre profissionais de marketing por meio do vídeo. Não se trata de ser arrogante. É apenas uma constatação óbvia. Se o óbvio é arrogante, então que seja.

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  6. Mimimi desnecessário. Sabemos que seja no meio acadêmico ou seja no meio comercial ou qualquer contexto que queiramos considerar, o que impera é a vaidade. Cada qual querendo defender o seu quadrado. Kotler tem sua relevância, não vai ser um professor num discurso de 3 minutos que vai desconstruir isso. Ou se acaso fosse, representaria Kotler um profissional muito insignificante.

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  7. esse texto aqui tá dando razão aos gregos hahahahahah

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  8. Espero que o pessoal de marketing realmente não seja como o autor do texto. Não rompeu o teto para entender o que o Clovis está falando.

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    1. Prezado Marmag, impressiona como você não entendeu o teor do meu post, que aponta claramente como o palestrante denigre e faz chacota a respeito de profissionais de marketing. Não há outro entendimento possível, nesse caso, para o que o palestrante fala em seu vídeo. Simples assim!

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  9. O autor do post... parece-me que naum tem brio!!! Tá difiçu!

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  10. Na 1a aula de Comunicação, se estuda os elementos que a formam. O CONTEXTO é um deles.

    O seu texto está descontextualizado da aula, o que pode dar vazão aos mais distorcidos entendimentos.

    Generalizar um ponto em um contexto como uma critica completa a uma profissão é algo no mínimo, fruto do ressentimento, da ingenuidade ou da falta de atenção - algumas das "barreiras" da comunicação.

    A propósito, o prof em questão é jornalista e Doutor em Comunicação. Na verdade, possui dois doutorados, um na Espanha e outro na USP.

    Utilizar frases fora de contexto funciona bem, com pessoas ingênuas e leigas.

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    1. Prezado "Unknown",

      Obrigado pela sua visita nada ingênua, tampouco leiga, com o pretexto de ler um texto fora do contexto! Não perca seu tempo! Use-o para ler algo sem distorção, e que de fato valha a pena sua atenção, tão erudita em comunicação.

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  11. Não e "Falar mal" e sim colocar ti em teu devido lugar, pois o excelentíssimo Clovis de barros so quis fazer uma comparação técnica, não quis diminuir o marketing e sim da valor ao assunto tratado na sua aula.

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  12. Será que ninguém entendeu a cerne da mensagem só o tal Israel mesmo?

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  13. Quem realmente está fazendo um marketing de mau caráter é o autor desse post, distorcendo o foi dito pelo professor e selecionando comentários que lhe interessam, isso sim é um marketing de péssima qualidade. E por fim ainda quer falar de moral dos marqueteiros.. tenha paciência né! E é lógico que você sabe que o Clóvis também é marqueteiro, a diferença é que o marketing dele é honesto, ele estudou pra isso. Vai lá o fã de Olavo de Carvalho.. faz a vida falando mal dos outros.. que feio isso, cinismo!

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    1. É curioso como esse post continua gerando comentários até hoje. Mais curioso, ainda, é perceber como há analfabetos funcionais destilando asneiras na internet.

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  14. Cara que video engraçado pakas kkkkkkkkk, assisti várias vezes pra decorar as falas pq elas me fazem rir mutio inclusive os gestos desse professor kkkkkk. Que bom seria se os youtubers fossem que nem esse cara engraçado sendo sério.

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  15. Afffff, até que enfim acabou a discussão!!!

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  16. Boa tarde!

    Senhores, vocês não entenderam a mensagem do Professor Clóvis...
    O Marqueteiro que ele se referiu são pessoas que se limitam por isso : "...o resto é só preguiça e covardia."

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  17. Pessoal,
    O problema de vcs é a língua portuguesa mesmo....nem Marketing nem filosofia ... é interpretação de texto.....vamos estudar!!!

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  18. Pode ter parecido chacota, mas pelo que entendi, ele só se referiu a complexidade do assunto e não a importância do mesmo. Acho que foi o que ele quis dizer.

    Eu não sei muito de marketing, mas o pouco que vi na faculdade de TI não me pareceu algo complexo.
    Não quero dizer que é fácil, mas sim que não demanda tanta capacidade cognitiva para compreensão do assunto.

    Não me lembro de ver nada que fosse tão complexo como física, química, filosofia etc...

    Se estiver errado pode me corrigir.

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  19. Bom dia! Hoje é o tom cósmico da onda do Espelho Magnético Branco, trouxe bastante reflexão essa postagem. Grata!!

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  20. Acredito que a palavra "marqueteiro" foi empregada em sentido conotativo, dirigindo-se a pessoas que, acima de tudo, utilizam de seus pseudo-livros para atrair multidões e lucrar rios de dinheiro, falando apenas obviedades e discursos rasos que prometem mudar sua vida por meio de "hábitos atômicos", e não a profissionais qualificados. Acredito que o mais imaturo é aquele que se sente ofendido apenas com uma simples fala de uma pessoa, não possuindo inteligência emocional para apenas ignorar tal discussão.

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    1. Caro "Anônimo", é impressionante sua capacidade de avaliar que a palavra "marqueteiro" foi usada em sentido conotativo. Não há nada de figurativo naquilo que o professor proferiu em sua fala. Simplesmente, não há como ignorar que aquilo que foi proferido é ofensivo em relação ao campo de atuação profissional de várias pessoas. Portanto, não se trata de uma questão de inteligência emocional em ignorar algo, mas sim de reconhecer a existência de uma ofensa gratuita.

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