quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Consumo em grupos AAA

Luxo, tecnologia, sofisticação e diversão. Esses são os argumentos usados para que alguém de altíssimo poder aquisitivo passe a fazer parte de grupos restritos que têm acesso a carros que outras pessoas vêem apenas em filmes e revistas. O For Private Group, com base na cidade de São Paulo, cobra, no mínimo, R$ 287 mil como taxa de associação e R$ 13 mil de mensalidade para quem tem dinheiro, muito dinheiro, sobrando e quer desfrutar, por um lado, e ostentar, por outro, o uso de carros considerados exclusivos.

Cada grupo tem uma composição de quatro carros e quatro pessoas, consideradas cotistas. Cada pessoa usa um carro diferente a cada semana, durante todo o ano, sobretudo nos finais de semana que, em geral, começam antes dos sábados e terminam às segundas. Os membros do grupo precisam se preocupar apenas em usar os carros. Limpeza, manutenção, pagamento de seguro e IPVA, não pertencem ao mundo deles. Está tudo incluído nas mensalidades. A única coisa que precisam se preocupar é escolher com que carro vão passar o final de semana, como, por exemplo, uma Ferrari 458, um Maserati Gran Turismo, um Bugatti Veyron 16.4 Grand Sport ou um Bentley Super Sport.

Depois de 24 meses o cotista ainda pode receber metade do valor da cota que pagou para se associar ao grupo. É consumo, mas para o For Private Group é, também, investimento.

Referências Conexas

STREHLAU, Suzane. Marketing de luxo. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

TRUONG, Yann; SIMMONS, Geoff; McCOLL, Rodd; KITCHEN, Philip J. Status and conspicuousness – are they related? Strategic marketing implications for luxury brands. Journal of Strategic Marketing, v. 16, n. 3, p. 189-203, 2008.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Obras urbanas para consumo

Obras públicas de grande porte podem definir marcos geográficos em cidades em todo o mundo. Quando essas obras são assinadas por arquitetos famosos tendem a se tornar referências para visitação e alimentam o consumo de espaços urbanos por turistas e habitantes locais. Esse é o caso da Estação Ciência, Cultura e Artes, construída na cidade de João Pessoa, e que traz a assinatura de Oscar Niemeyer.


Obs.: as fotos acima são do complexo da Estação Ciência, Cultura e Artes, localizada no Altiplano Cabo Branco, João Pessoa, Paraíba, Brasil (agosto de 2011).

Esse post compõe uma série chamada “Nota de Viagem”. Trata-se de um conjunto de pequenas observações realizadas durante viagens.

domingo, 9 de outubro de 2011

O consumo do delivery

Quem ainda não consumiu serviços de delivery não reside nesse planeta. Pizzas, refeições, remédios, compras de supermercados, pouca coisa passa ao largo da necessidade de serviços de entrega em domicílio. Inicialmente disponibilizado pelas empresas como uma espécie de extensão daquilo que se pode oferecer para estimular o consumo de seus produtos, o serviço de delivery tornou-se algo imperativo em diferentes setores.

A tecnologia de comunicação, com uso de aparelhos telefônicos e da internet, ajudou a expandir ainda mais o uso do delivery. Nos anos 1980 e 1990 os serviços de delivery eram basicamente restritos aos consumidores chamados de cocooners, que viviam em espécies de casulos, pouco saiam de casa e não tinham o hábito de interagir com grande número de pessoas. Os nerds, que acordavam e dormiam na frente de computadores, também contribuíram com a popularização do delivery. Os chamados tele-entrega e disk entrega completaram o ciclo da popularização.

Hoje em dia, o delivery já está institucionalizado. A sociedade pós-moderna, apressada e ocupada, pressupõe o delivery como serviço já imbricado em inúmeras relações de consumo. Poucos são os casos em que não estão presentes. Basta ver o número de furgões e motoboys nas ruas das cidades.

Referências Conexas

FISHER, Marshall L. What is the right supply chain for your product? Harvard Business Review, March-April, p. 105-116, 1997.

LUMMUS, Rhonda R.; VOKURKA, Robert J. Defining supply chain management: a historical perspective and practical guidelines. Industrial Management & Data Systems, v. 99, n. 1, p.11 – 17, 1999.