O tempo para caminhar, parar, sentar e apreciar o movimento das ruas, paisagens ou jardins, está cada vez mais escasso na sociedade contemporânea. Quando isso acontece, os bancos de rua representam bom suporte e servem também para nos acomodar para a leitura de um livro ou para uma conversa. Décadas atrás, o banco de rua tinha uma presença importante na paisagem urbana. Hoje, está praticamente relegado ao esquecimento ou é algo circunscrito ao uso de pessoas da chamada terceira idade – o ócio, além de não ser bem-visto, é indesejado em nossa sociedade. Na Inglaterra, os bancos possuem um significado de destaque entre as diversas maneiras de se homenagear entes queridos. É habitual a aquisição e doação de bancos de rua e jardim, onde são afixadas mensagens escritas para pessoas com as quais se compartilhou um lugar e momentos ao longo da vida. A título de ilustração, além da foto acima, há uma cena no filme Um Lugar Chamado Notting Hill (direção de Roger Michell), que indica bem o uso de bancos com o sentido aqui apontado. No filme, os personagens William Thacker e Anna Scott, encenados por Hugh Grant e Julia Roberts, respectivamente, sentam-se em um banco de jardim onde está escrito o seguinte texto: “For June who loved this garden – from Joseph who always sat beside her. June Wetherby, 1917-1992” (À June, que amava este jardim – de Joseph, que sempre a acompanhava).
Obs.: a foto acima consiste em um “close” de dizeres em um banco de rua em Wansfell Road, na cidade de Ambleside, Inglaterra.
Esse post compõe uma série chamada “Nota de Viagem”. Trata-se de um conjunto de pequenas observações realizadas durante viagens.
É verdade, Francisco. Também no Central Park em NYC existem bancos assim. O bom é que lá existe o cuidado do poder público e da população também. Fico imaginando como seria no Rio de Janeiro, masmo que no Leblon ou Ipanema. Quanto tempo durariam esses bancos? Os próprios jardins só estão durando um pouco mais porque estão gradeados e estão sendo fechados no final da tarde.
ResponderExcluirEliane,
ResponderExcluirÉ uma pena que ainda precisemos conviver com uma situação como a que você sugere em seu comentário.
Abraço,
Francisco Giovanni Vieira