A capacidade de criar novos produtos para consumo tem ido cada vez mais longe. Os alimentos naturais, originários diretamente do campo, representavam até pouco tempo atrás uma barreira para inovações. Com o advento das modificações genéticas em sementes realizadas em laboratórios de órgãos de pesquisa estatais e, mais ainda, em laboratórios de grandes corporações, essa barreira deixou de existir. Há casos e mais casos de produtos agrícolas que apresentam maior produtividade e maior resistência às pragas e condições climáticas adversas, que são consumidos diretamente ou integram a composição de outros alimentos.
As frutas de largo consumo in natura representam uma nova fronteira para modificações e adaptações visando à comercialização. Consumidas em estado original, parecem oferecer alguma margem para a realização de mudanças em termos de tamanho, sabor, textura e coloração, e pouca ou nenhuma margem para mudanças em termos de forma. Um exemplo de exploração dessa estreita margem acaba de ser alcançado na Austrália com a produção de morangos em forma de coração. A fruta é acondicionada em um plástico moldado como um coração quando ainda está em um tamanho bem pequeno e termina por, ao crescer, assumir a forma de um coração.
O morango, historicamente, tem sido uma fruta explorada como símbolo de sedução, sensualidade e romantismo. A sua forma, como encontrado na natureza, já remete à forma de um coração. Acondicioná-lo durante o crescimento e moldá-lo como um coração significa uma maneira adicional de concretizar a sua materialidade como um símbolo para consumo.
Referências Conexas
HOSSAIN, Ferdaus; ONYANGO, Benjamin; SCHILLING, Brian; HALLMAN, William; ADELAJA, Adesoji. Product attributes, consumer benefits and public approval of genetically modified foods. International Journal of Consumer Studies, v. 27, n. 5, p. 353-365, 2003.
KOVACS, Michelle H.; BARBOSA, Maria de L. de A.; KOVACS, Erica P.; DURÃO, André F.; SILVA, Wesley M. da. A maçã proibida: os alimentos geneticamente modificados e a moral religiosa, a proposição da tipologia de risco percebido do “paradoxo de Adão”. In: I ENCONTRO DE MARKETING (2004: Porto Alegre). Anais ... Rio de Janeiro: ANPAD, 2004. (Versão integral em CD-ROM do Evento)
Meioo bom naum muito
ResponderExcluirEu adorei este site que mostra varias coisas emportantes que nos da vontade de aprender ainda mais
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