Os grupos de discussão, operacionalmente conhecidos como listas de e-mail, durante muito tempo representaram uma forma eficiente de comunicação simultânea entre várias pessoas. Especialmente no chamado mundo acadêmico foi bastante adotado por professores, estudantes e grupos de pesquisa. Yahoo! e Google criaram e mantêm até hoje a oferta desse serviço. A Microsoft, por meio do Skype, também oferece o que seria uma variação na forma de uso de grupos de discussão. O uso de tais grupos, no entanto, parece ter sofrido forte redução. Arrisco afirmar que foi o surgimento do Facebook que motivou o abandono desses grupos, pelo menos nos moldes em que foram criados anteriormente. Isso parece fazer ainda mais sentido no Brasil, posto que é o país com o terceiro maior número de usuários do Facebook: um total acima de 60 milhões, segundo dados da própria companhia. Do modo em que a plataforma do Facebook foi desenvolvida ela permite a criação de inúmeros grupos de interação e o gerenciamento da participação em cada um deles de forma mais eficiente do que aquela até então existente no Yahoo! ou no Google. Dito de outra forma, o Facebook acabou com os grupos de e-mail.
Referências Conexas
Löwgren, J., & Reimer, B. (2013). Collaborative media: production, consumption, and design interventions. Cambridge: MIT Press.
Watts, D., & Dodds, P. S. (2007). Influentials, networks, and public opinion formation. Journal of Consumer Research, 34(4), 441-458.
Zajc, M. (2015). Social media, prosumption, and dispositives: new mechanisms of the construction of subjectivity. Journal of Consumer Culture, 15(1), 28-47.
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