Práticas de consumo pressupõem diferentes formas de expressão cultural e diversos modos de interação em torno da materialidade dos objetos. Sentidos e significados são construídos não apenas em torno daquilo que pode ser visto, tocado e adquirido, mas também em função daquilo que se ouve, seja em ambientes onde se processa a aquisição de objetos, seja em espaços públicos ou domésticos onde se manifesta a interação entre indivíduos sem uma expressão de consumo material objetiva. A música, ao longo de anos e anos, tem sido um elemento de construção desses sentidos e significados. O livro "The Sounds of Capitalism: Advertising, Music, and the Conquest of Culture", escrito por Timothy Taylor e publicado pela University of Chicago Press em 2012 (368 páginas, US$ 21.40, edição em paperback), trata desse assunto ao abordar como a música tem sido usada para permear relações de consumo e construir identidades em torno de marcas e produtos, especialmente por meio de propagandas e jingles, veiculados em meio a programação de rádio e TV.
Esse post compõe uma série chamada "Olhar Acadêmico". Trata-se de observações realizadas sobre artigos, dissertações, teses ou livros relacionados ao campo de cultura e consumo.
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