sábado, 19 de fevereiro de 2011

Bahrein, Estados Unidos e o consumo da democracia

O ato do consumo se concretiza por meio de objetos físicos e por meio de símbolos. Os significados também são consumidos. Eles estão no centro e no entorno dos objetos. A rigor, transcendem os objetos. Adentram as relações. Consumir é significar. Significar para si próprio e para os outros. Significar para negar e para afirmar. Significar para mediar. Significar para significar.

O ocidente é confuso. Caminha em círculos. Tenta definir uma direção sem direção. A democracia não serve apenas para os inimigos. Deveria servir também para os aliados. Os Estados Unidos emitem sinais dúbios. O país das estatísticas e da meritocracia, onde se cultua e consome valores forjados no que se conheceu como terra dos bravos e destemidos, não consegue ser coerente. Não usa a mesma régua. O que há de diferente entre o Egito e o Bahrein? O que há de diferente entre o Bahrein e o Irã? Os interesses geopolíticos estadounidenses. Eles estão acima do sangue derramado nas praças do mundo árabe.

Referências Conexas

COOK, Daniel T. (Ed.) Lived experiences of public consumption: encounters with values in marketplaces on five continents. New York: Palgrave Macmillan, 2008.

LOHMANN, Larry. Consumption and democracy. The Corner House. 1998. Acesso em: 18 fev. 2011.

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