segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Boxing Day


Black Friday, Halloween e, agora, o Boxing Day. Viva a globalização, viva a capacidade do sistema capitalista em expandir seus mecanismos de reprodução e viva, também, a capacidade que o brasileiro tem de imitar, aculturar-se, copiar ou, como diriam los hermanos argentinos, macaquear.

Não somos anglo-saxões e muito menos fazemos parte do Commonwealth, mas empresas brasileiras como o Submarino, por exemplo, tentaram adotar o Boxing Day para alavancar vendas nos dias imediatamente após o Natal, período considerado de baixa vendagem no varejo. Já outras empresas, como a Vivara, apostaram em algo mais do que um único dia. Criaram a Boxing Week, anunciando preços com descontos de até 50% para compras no período entre o Natal e o Ano Novo.

Do mesmo modo que a Black Friday e o Halloween, o Boxing Day possui relação com tradições religiosas cristãs, mas que não foram construídas aqui no Brasil – ainda majoritariamente católico. Não obstante, em tempos de globalização e pós-modernidade, hábitos e costumes parecem ser produzidos e reproduzidos culturalmente em uma velocidade jamais vista anteriormente. E isso ocorre, inclusive, dentro do senso de oportunismo empresarial para promover o consumo.
 
Referências Conexas
 
Okleshen, C., Baker, S. M., & Mittelstaedt, R. (2011). Santa Claus does more than deliver toys: advertising’s commercialization of the collective memory of Americans. Consumption Markets & Culture, 4(3), 207-240.
 
Thompson C. J., & Tambyah, S. K. (1999). Trying to be cosmopolitan. Journal of Consumer Research, 26(3), 214-241.
 
Trentmann, F. (2009). Crossing divides: consumption and globalization history. Journal of Consumer Culture, 9(2), 187-220.

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