domingo, 6 de outubro de 2013

O consumo dos protestos

Qual a minha causa? Qual a sua causa? Entre a minha causa e a sua causa, há algo em comum? Qual, portanto, é a nossa causa? Quem fala? Quem se manifesta? Quem protesta? Eu? Você? Nós? É possível protestar horizontalmente, sem representação? E a negociação? Quem faz? Quem fala em nome de quem? Quem se apropria do protesto? Onde estão as empresas? Onde estão as corporações nacionais, multinacionais, transnacionais? Onde estão as ONGs? Qual o papel dos sindicatos, associações setoriais e entidades de classe? Protesto é matéria-prima? Protesto é um meio? Protesto é produto final? Para quem? Com que finalidade? Qual o papel da imprensa? Qual o papel das instituições de ensino e pesquisa? Qual o papel das chamadas think tanks? Qual o papel dos partidos políticos? Corrupção é algo unilateral? Se o Estado é corrupto, empresas são corruptoras? Se o político é descomprometido, o eleitor que o elegeu é negligente? O Estado é sempre culpado? Quem são seus fornecedores? Quem presta serviços ao Estado? Quem molda o Estado? Empresas, ONGs, cidadãos? Somos todos santos? Oremos!
 
Referências Conexas
 
Saad-Filho, A. (2013). Mass protests under ‘left neoliberalism’: Brazil, june-july, 2013. Critical Sociology, 39(5), 657-669.
 
Silva, A. O. (2006). Os intelectuais diante do mundo; engajamento e responsabilidade. Revista da Faculdade de Educação, 4(5/6), 191-205.
 
Vianna, A. M. (2013). As multidões de junho de 2013 no Brasil: o desafio de explicar e compreender. Revista Espaço Acadêmico, 13(146), 36-48.
 
Vieira, F. G. D. (2013). Cultura do silêncio e razão cínica das corporações na primavera brasileira. Revista Espaço Acadêmico, 13(147), 73-81.
 
Vieira, F. G. D., Crubellate, J. M., Silva, I. G., & Silva, W. R. (2002). Silêncio e omissão: aspectos da cultura brasileira nas organizações. Revista de Administração de Empresas – Eletrônica, 1(1), 1-14.
 
Wensley, R. (2010). Market ideology, globalization and neoliberalism. In: MacLaran, P., Saren, M., Stern, B., & Tadajewsky, M. (Eds.), The Sage Handbook of Marketing Theory (pp.235-243). London: Sage.

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