segunda-feira, 16 de maio de 2011

No pants day

Todos os anos, principalmente nos Estados Unidos, mas também em algumas poucas cidades na Alemanha e Austrália, ocorre o chamado “no pants day”. Trata-se de uma espécie de brincadeira feita por diversas pessoas, que consiste em não se usar calças na primeira sexta-feira do mês de maio.

A proposta é a de ir para o trabalho, para as aulas, ou qualquer outro compromisso, sem usar calças. O “no pants day” mais recente ocorreu na sexta-feira dia 06. A brincadeira (ou movimento) tem ocorrido já há mais de 10 anos e encontra adeptos especialmente entre pessoas jovens e que muito provavelmente não são tímidas.

Uma variação do “no pants day” é o “no pants subway ride”, que ocorre no início do mês de janeiro, época em que as temperaturas estão bem baixas no hemisfério norte. A exemplo do primeiro caso, a ideia do “no pants subway ride” é promover diversão focada no ambiente do metrô. Se depender do que se vê nas fotos publicadas pelo Daily News de Nova York, as pessoas se divertiram bastante, especialmente no metrô.

Referências Conexas
 
BRETON, David le. Antropologia do corpo e modernidade. Petrópolis: Vozes, 2011.
 

7 comentários:

  1. Aqui na FGV não é permitido nem mesmo entrar de bermuda. Se meus alunos acompanhassem seu blog, teríamos problemas no campus...
    Abs, JF

    ResponderExcluir
  2. João Felipe,

    Obrigado por visitar o blog! A ideia não foi (e não é) subverter a ordem. Algumas pessoas têm tentado praticar o "no pants day" também em São Paulo, mas parece que não funcionou muito.

    Abraço,

    Vieira

    ResponderExcluir
  3. Tenho participado de algumas pesquisas sobre o corpo aqui na ufrgs. Inclusive a referência que citastes do David Le Breton tem sido bastante utilizada. Apesar do clima, é muito comum os alunos frequentarem as aulas de bermudas, saias ou vestidos. Mais do que subverter a ordem, o corpo "fala" do nosso "estar no mundo", e esses mecanismos que comentastes talvez nos mostre como andam estas "formas" de lidar com o mundo.

    Abraços

    ResponderExcluir
  4. Maravilha "Anônimo(a)" !

    Obrigado pelos comentários. Sem dúvida o corpo diz muito sobre nossa condição, especialmente por meio do que fazemos dele, com ele e, talvez, sobretudo, do que colocamos em cima dele e nele. David Le Breton é ótima referência mesmo, pois analisa o corpo em função da sociedade contemporânea.

    Apareça sempre!

    Vieira

    ResponderExcluir
  5. Eu de novo (agora vou virar habitué!) Esse olhar para o corpo e para o consumo do corpo é realmente interessante. Aqui no Rio orientei um trabalho que deu algumas crias sobre o valor do corpo. A Mirian Goldenberg editou há algum tempo o Nu & Vestido que trata da questão do capital associado ao corpo, um traço de cultura de consumo bastante carioca.
    Francisco e anônimo(a) da UFRGS, querem dar uma olhada nessa dissertação para ver se tiramos um artigo? A Karla (minha orientanda) agora está sem tempo, mas tenho certeza que iria ficar muito feliz.
    Abs, Felipe

    ResponderExcluir
  6. Salve, Felipe!

    Se julgar conveniente e oportuno, juntamente com sua orientanda, estou à disposição para colaborar com vocês.

    Abraços,

    Vieira

    ResponderExcluir
  7. Fiz uma disciplina no doutorado em antropologia aqui mesmo na ufrgs, onde discutimos um livro do Richard Sennett que também pode colaborar com as discussões: Carne e Pedra. A análise histórica do referido autor sobre como as práticas transformam a carne em corpo e a pedra em espaço, guardadas as devidas proporções e essa aproximação singela que faço, acho que também podem ajudar a entender como o consumo faz parte desta transformação. Tem uma edição deste ano, que se não me engano é do Journal of Consumer Culture, que discute estas questões das práticas. Enfim, concordo com o professor Giovanni. Qualquer coisa podemos ampliar esta discussão!

    Abraços

    ResponderExcluir