Ela estava lá. Na Copa do Mundo. Na África do Sul. Vestida com a camisa da seleção paraguaia, usando um decote generoso e com um telefone entre os seios, Larissa atraiu lentes de fotógrafos e câmeras de televisão. Um jogo, dezenas de imagens e se fez uma celebridade. Dessas que editores da mídia de difusão agradecem quando vêem aparecer e leitores e espectadores têm prazer em consumir.
A mídia, que nessas horas não recebe a denominação de imprensa, transforma o inusitado em um produto. Produto para sobrevivência. Para venda e para consumo. Depende apenas da perspectiva com que se olha.
Virou celebridade. Ganhou páginas de revistas masculinas e contratos do que popularmente se chama de publicidade. Dois anos se passaram e uma outra Copa, que não a do mundo, mas a da América do Sul, faz com que o inusitado se transforme em algo já esperado. A história se repete. E celebridades, pelo próprio modus operandi, são sinônimo de repetição. Construções midiáticas efêmeras na sociedade do espetáculo.
Referências Conexas
GOLDSMITH, Ronald E.; LAFFERTY, Bárbara A.; NEWELL, Stephen J. The impact of corporate credibility and celebrity credibility on consumer reaction to advertisements and brands. Journal of Advertising, v. 29, n. 3, p. 43-54, 2000.
MARSHALL, P. David. Celebrity and power: fame and contemporary culture. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1997.
NEWMAN, George; DIESENDRUCK, Gil; BLOOM, Paul. Celebrity contagion and the value of objects. Journal of Consumer Research, v. 38, n. 2, p. 215-228, 2011.
SLATER, Don; TONKISS, Fran. Market society. Cambridge: Polity Press, 2001.
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