domingo, 26 de fevereiro de 2012

Por quê consumimos tão pouco peixe?

Na última quarta-feira, definida no calendário gregoriano como quarta-feira de cinzas, iniciou-se o período chamado de quaresma. Muitos cristãos católicos se abstêm do consumo de carne nesse período e incluem ou ampliam a presença de peixe na dieta. Isso faz com que cresça o consumo de peixe no país.

O evento da quaresma não só aumenta como ajuda a compor a estatística relativa ao consumo de 9kg de peixe por habitante ao ano em nosso país. Tal consumo per capita representa apenas 75% do que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera ideal, ou seja, 12kg/habitante ao ano.

Se levarmos em conta que o Brasil tem um litoral com uma extensão de mais de 7.400 km e que possui uma grande quantidade de rios, torna-se surpreendente a observação de como consumimos pouco peixe. Isso, apesar de o peixe ser associado a uma dieta saudável e de o Brasil ter algo bizarro como um Ministério da Pesca e Aquicultura.

Referências Conexas

Bombardelli, R. A., Syperreck, M. A. & Sanches, E. A. (2005). Situação atual e perspectivas para o consumo, processamento e agregação de valor ao pescado. Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia da UNIPAR, 8(2), 181-195.

Coelho, A. B., Aguiar, D. R. D. de & Fernandes, E. A. (2009). Padrão de consumo de alimentos no Brasil. Revista de Economia e Sociologia Rural, 47(2), 335-362.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Principais reclamações dos consumidores

Que empresas receberam o maior volume de reclamações dos consumidores no ano de 2011 em todo o Brasil, conforme registros do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça ? A resposta é a seguinte: Itaú (1), Oi (2), Claro-Embratel (3), Bradesco (4) e Tim-Intelig (5). Conforme informações divulgadas pelo Ministério da Justiça, os principais problemas envolvidos nas reclamações dizem respeito a: cartão de crédito (1), telefonia celular (2), banco comercial (3), telefonia fixa (4) e aparelho celular (5).

Esse post compõe uma série chamada “Web News”. Trata-se de observações realizadas acerca de notícias relacionadas à temática de cultura e consumo publicadas na World Wide Web.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Onde estão os biombos dos bancos?

Vários municípios brasileiros possuem legislação regulamentando e obrigando o uso de biombos por parte dos bancos na frente dos caixas em atendimento interno e em áreas onde os clientes fazem saques de dinheiro. A ideia é preservar a privacidade dos clientes e fazer com que não sejam identificados por pessoas estranhas que possam acompanhar o que fazem nos caixas, especialmente se sacam dinheiro em espécie. Isso dificulta que outras pessoas possam monitorá-los e posteriormente assaltá-los.

Os bancos são pródigos em levantar a bandeira da sustentabilidade, falar em respeito e em cidadania, além de consumo consciente. Tudo um engodo! Não cumprem integralmente simples legislações municipais. Preferem pagar multas. Os assaltos nas saídas dos bancos continuam e o consumidor continua desprotegido. A favor dos bancos conta o fato de os consumidores de serviços bancários serem muito comportados (ou necessitados).

Referências Conexas

Henry, P. C. (2010). How mainstream consumers think about consumer rights and responsibilities. Journal of Consumer Research, 37(4), 70-687.

Holmlund, M. & Kock, S. (1996). Relationship marketing: the importance of customer-perceived service quality in retail banking. The Service Industries Journal, 16(3), 287-304.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Águas de Brotas

A cidade de Brotas é conhecida pela oferta de um sem número de atividades ligadas ao chamado esporte outdoor. Na cidade, essas atividades são sinônimos de aventura e estão relacionadas a esportes praticados no rio Jacaré Pepira, que cruza o centro da cidade.

A prática do rafting e do chamado bóia cross estão entre as mais procuradas e contam com boa estrutura e apoio, inclusive carros especiais para o transporte de equipamentos e aventureiros.

Lojas de artesanato como a Xique-Xique e a Bella Vista, que tem cores patriotas, são uma atração à parte na cidade.

Obs.: as fotos acima são de uma ponte sobre queda d'água no rio Jacaré Pepira, próximo à Rua Francisco Costa, e de um veículo para o transporte de canoas e da Bella Vista Artesanato, na Avenida Mário Pinotti, ambas no centro da Cidade de Brotas, Estado de São Paulo, Brasil.

Esse post compõe uma série chamada “Nota de Viagem”. Trata-se de um conjunto de pequenas observações realizadas durante viagens.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

O mercado (e consumo) de trabalhos acadêmicos

A cada ano letivo que se inicia, alunos que são formandos vivem novos desafios. Boa parte deles precisa escrever um trabalho acadêmico de final de curso. Trata-se do chamado TCC (trabalho de conclusão de curso). Monografias de cursos de especialização, dissertações de mestrado e teses de doutorado são TCCs. Mas, o mais famoso dos TCCs é a monografia que é apresentada no último ano de vários dos cursos de graduação. Esse pré-requisito para a formatura e, por conseguinte, obtenção do diploma, gera um universo de situações.

Curiosamente à revelia de fiscalização e punição por órgãos estatais como o Ministério da Educação e Cultura (MEC), uma das situações mais absurdas corresponde ao mercado dos TCCs entregues sob encomenda e a gosto do freguês. Pululam na internet as ofertas desse tipo de “produto”. As mensagens por e-mail que são enviadas para um possível cliente vêm disfarçadas de assessoria para a redação de trabalhos acadêmicos. Basta informar o tema, o número de páginas e o prazo. Pronto! Está resolvido o problema.

Coordenadores de curso, de TCCs e professores orientadores, sobretudo aqueles que não acompanham de perto a realização dos trabalhos dos seus orientandos, correm o risco de assinarem e aprovarem TCCs que não passam de encomendas. Nesse caso, as piadas e a exposição ao ridículo de orientadores e coordenadores é inevitável. Possivelmente, formandos comentam a façanha de enganar orientador e banca examinadora. Na cultura urbana brasileira é considerado esperto aquele sujeito que passa a perna e, de alguma maneira, leva vantagem sobre os outros. No entanto, como, via de regra, o TCC envolve conhecimento técnico especializado relativo ao exercício profissional, o otário é quem faz a encomenda do TCC e não quem o orienta ou o avalia enquanto membro de banca examinadora.

Referências Conexas

Grieger, M. C. A. (2007). Escritores-fantasma e comércio de trabalhos científicos na internet: a ciência em risco. Revista da Associação Médica Brasileira, 53(3), 247-251.

Oliveira, L. H. de, Garcia, P. L., & Juliari, C. C. B. (2010). Mercado de trabalhos acadêmicos: um estudo exploratório. Pensamento Plural: Revista Científica da UNIFAE, 4(2), 33-41.

Obs.: a partir deste post, as Referências Conexas serão apresentadas conforme as normas da American Psychological Association (APA), e não mais de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A justificativa para a mudança é que as normas da APA são mais perenes do que as normas da ABNT, além de serem usadas em diferentes países.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O Casamento de Romeu e Julieta

A temporada de futebol em 2012 começou dias atrás. Muito espaço na mídia para pouco resultado em campeonatos estaduais. Os próximos meses, contudo, reservam outros torneios como a Copa do Brasil e a Copa Libertadores da América. Essa última, desejada por 11 entre cada 10 clubes brasileiros.

O futebol, como se sabe, é um esporte que envolve e desperta a paixão de milhões e milhões de brasileiros. Com bastante frequência tem produzido comportamentos difíceis de serem explicados com a mínima racionalidade. Tendo em vista as proporções que alcançou, seria mais adequado dizer que se transformou em um grande negócio para diferentes indústrias: entretenimento, imprensa, material esportivo, eletrodomésticos, eletrônicos, saúde, etc. E é exatamente isso que estamos vendo em curso nesse início de ano.

O Casamento de Romeu e Julieta (BRA, 2005, 93 minutos), comédia dirigida por Bruno Barreto, baseada em um conto de Mario Prata, ilustra bem esse universo. Como o título sugere, envolve um amor quase impossível entre um homem e uma mulher. No caso, um corintiano, interpretado pelo ator Marco Ricca, e uma palmeirense, interpretada pela atriz Luana Piovani.

Trata-se de um filme que apresenta diferentes aspectos do consumo material e simbólico em torno do futebol, que muitas vezes não percebemos. É curioso observar como o universo do futebol pode ser demarcado pelo consumo de alimentos, bebidas, lugares, roupas, relações familiares, experiências e viagens, entre outras possibilidades. O filme proporciona boa diversão e, também, uma ótima oportunidade para observamos o consumo do futebol na sociedade brasileira.

Esse post compõe uma série chamada “Filme”. Trata-se de sugestões de filmes.