segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Consumindo a céu aberto


A ideia do consumo a céu aberto é tão antiga quanto às primeiras aglomerações realizadas para a prática de escambo entre artesãos e camponeses. Na sociedade moderna, ela se caracteriza notadamente pelas feiras livres organizadas nos bairros das cidades. Recentemente, agentes de mercado incorporaram essa concepção em torno do que chamam de open shopping, um nome palatável aos consumidores de alta e média renda. A rigor, o que hoje se define como open shopping lembra muito os calçadões que foram construídos nos centros de várias cidades brasileiras nos anos 1980.

Obs.: a foto acima é do Jurerê Open Shopping, na Praia de Jurerê Internacional, Florianópolis, Brasil.

Esse post compõe uma série chamada “Nota de Viagem”. Trata-se de um conjunto de pequenas observações realizadas durante viagens.

3 comentários:

  1. O que podemos encontrar de consumo a céu aberto em Maringá é a tradicional feira do produtor, localizada no estacionamento do estádio Willie Davids. Mais do que comprar produtos mais caros com maior qualidade e produtos específicos de acordo com a época do ano, a feira também é um local propício de passeio entre amigos, casais e família. Podendo ser também um lugar onde se pode encontrar amigos, antigos amigos e até aquelas pessoas que você precisava do contato mas não tinha o telefone nem o e-mail dela.
    Realmente, comprar e consumir em um local a céu aberto é uma sensação prazerosa, diferenciada, e característica deste tipo de comércio.

    Vitor

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  2. Um exemplo interessante de open shopping é a 25 de março.

    Não é só a 25 de Março que atrai multidões por causa dos preços baixos. O Bom Retiro e o Brás, paraísos das confecções, também. Juntos, esses três pólos comerciais da capital paulista atraem mais de 650 mil pessoas por dia. São mais de dez mil lojas e um faturamento anual, conjunto, de R$ 50 bilhões. Unidas, as três regiões formam o maior centro de compras do Brasil.

    http://www.brazil-brasil.com/content/view/785/44/

    Valter

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  3. Prezados Vitor e Valter,

    Obrigado pelos comentários.

    Os casos que vocês citaram são emblemáticos. Não obstante, no primeiro caso, a configuração está relacionada às feiras livres, tradicionais formas de comercialização de alimentos e outros produtos. No segundo caso, e os números que o Valter menciona são impressionantes, temos uma espécie de open shopping, porém sem ter sido formatado previamente ou com a intenção explícita de sê-lo. Os agentes iniciaram a oferta de confecções e ao longo do tempo houve um proceso de aglomeração na oferta de produtos, chegando ao formato que hoje conhecemos.

    Abraços,

    Francisco Giovanni

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